O SCBR possui diversas aplicações no gerenciamento ambiental, tanto para áreas já impactadas quanto de forma preventiva em locais com atividades potencialmente poluidoras. O software é capaz de simular o comportamento de contaminantes no meio ambiente, avaliar o risco à saúde humana por meio da geração de mapas de riscos, realizar simulações de tecnologias de remediação in situ, entre outras funcionalidades que proporcionam uma base sólida para a tomada de decisões assertivas e de medidas corretivas eficazes.
O SCBR pode auxiliar a responder questões do tipo:
Quais são as áreas de maior risco em uma Unidade Operacional caso ocorra um evento acidental com contaminação do solo e água subterrânea?
O SCBR permite simular o transporte e concentração de contaminantes na zona saturada e não saturada do solo. No caso da contaminação na zona saturada, é possível visualizar o avanço da pluma de contaminação em função do tempo, expondo as áreas em uma unidade operacional que serão atingidas primeiro e as que são de maior risco caso ocorra um evento acidental.
Caso seja de interesse do usuário obter informações mais detalhadas sobre um ponto ou área específica, é possível também utilizar o comando “Inspetores”. Através desse comando pode-se ter uma previsão da trajetória de uma partícula e do deslocamento do contaminante.
Avanço da pluma de contaminação de benzeno ao longo do tempo em um estudo de caso fictício.
Quais informações do cenário de simulação deverão ser levantadas pela equipe de campo?
Para a simulação de cenários são necessários, em função dos objetivos, informações do tipo: dados da área de interesse, incluindo a caracterização física do local e do entorno; propriedades hidrogeológicas do meio subterrâneo; caracterização das fontes de contaminação; tipos de contaminantes; características físico-químicas das substâncias químicas de interesse; limites estabelecidos pela legislação; caracterização dos receptores potenciais; e demais informações que servirão como dados de entrada para modelo.
Para auxiliar a equipe de campo, no Módulo Ambiente, pode-se visualizar com detalhes todas as informações de entrada que devem ser preenchidas para que seja possível realizar uma simulação adequada do cenário de contaminação.
Obs.: Recomenda-se uma análise de sensibilidade para determinação dos efeitos das variações nos parâmetros do software sobre os resultados, identificando também, quais os parâmetros impõem maiores incertezas à simulação.
Módulo Ambiente
- Qual é a velocidade e a direção de fluxo da água subterrânea?
O SCBR possui um comando “Simulador de Velocidade”, que calcula a velocidade da água subterrânea a partir das informações das características hidrogeológicas e geoquímicas do modelo conceitual da área de interesse inseridas no Módulo Ambiente. Como resultado, o SCBR gera um mapa de velocidade da água subterrânea, indicando sua direção e sentido.
Mapa de velocidade da água subterrânea.
- Em que direção a pluma de contaminação migrará e em que velocidade?
O SCBR conta com o comando de “Calcular Pluma”, que é usado para simular a pluma de contaminação em fase dissolvida da(s) substância(s) química de interesse em função do tempo de simulação. Através do mapa de concentração gerado, é possível visualizar a concentração de contaminantes, velocidade e direção da propagação da pluma.
Mapa de concentração de benzeno ao longo do tempo em um estudo de caso fictício.
- Qual a magnitude do impacto à saúde humana e qual é o risco que determinado cenário oferece à saúde humana?
O SCBR possui um Módulo de Risco destinado ao cálculo e à geração de diferentes mapas de risco à saúde humana e de Concentração Máxima Aceitável (CMA), produzidos a partir da norma adotada, dos receptores, dos contaminantes e das vias de ingresso. O software é capaz de quantificar os riscos carcinogênicos e não carcinogênicos através da metodologia da Avaliação de Risco à Saúde Humana (ARSH) e permite que sejam visualizadas quais são as áreas de maior risco caso ocorra um evento acidental com contaminação do solo e água subterrânea. Os resultados numéricos associados aos mapas de risco são mostrados no relatório do cenário de simulação.
- Os receptores (pontos de exposição) serão atingidos? Em quanto tempo?
O SCBR gera Mapas de Concentração, nos quais, para cada contaminante simulado na fase dissolvida, é apresentado um mapa de isoconcentração que varia com o tempo de simulação e permite visualizar os receptores atingidos.
Mapa da pluma de concentração de benzeno em
fase dissolvida (zona saturada) no tempo t = 180 meses.
- Qual a extensão vertical contaminada em um vazamento na zona não saturada?
Para a zona não saturada, o SCBR é capaz de gerar gráficos da lixiviação das substâncias químicas de interesse em função do tempo de simulação, permitindo visualizar a extensão vertical contaminada na zona não saturada.
Lixiviação das substâncias químicas de interesse ao longo do tempo.
- Qual tempo necessário para que um derramamento na zona não saturada atinja o aquífero?
Ao realizar uma simulação para uma fonte de contaminação na zona não saturada, o SCBR calcula o tempo em que cada substância atinge o aquífero e em qual concentração.
Resultados do simulador Log Solo/Ar.
- A concentração de contaminante(s) dissolvido(s) na água subterrânea representa risco à saúde humana?
O Módulo de Risco permite quantificar o risco para concentrações medidas ou simuladas na água subterrânea (assim como no solo), por meio de mapas concentração de exposição, que indicam com precisão as regiões onde os valores da concentração de contaminação estão acima do tolerável.
CMA para a concentração medida de benzeno e água subterrânea.
- Como gerar um plano de amostragem para um licenciamento e/ou uma área contaminada?
O SCBR possui um Módulo Amostragem que permitem o usuário criar ou calcular planos de amostragem para um licenciamento e/ou área contaminada com base no Esquema de Distribuição selecionado. Essa função é capaz de indicar a quantidade de pontos de amostragem necessários para se obter uma determinada probabilidade de se identificar uma fonte de tamanho específico.
- É necessária a adoção de medidas corretivas para o local?
Ao fornecer informações sobre o risco associado ao cenário de contaminação, o SCBR permite visualizar se será necessária a adoção de medidas corretivas para determinado local.
- Quais são as melhores estratégias para a remediação do local contaminado?
A partir do Módulo Remediação, é possível simular a implementação de diferentes técnicas de remediação (bombeamento, barreiras lineares, barreiras poligonais, áreas reativas e área de cubagem) na área contaminada. O SCBR permite testar diferentes configurações, combinações de técnicas, locais e áreas de implementação para auxiliar na tomada de decisão de quais são as melhores estratégias de remediação a serem seguidas.
Comportamento da pluma de benzeno sem e com a aplicação da técnica bombeamento em um estudo de caso fictício.
Exemplo de aplicação de bombeamento e barreira reativa em um estudo de caso fictício.
- Quais são os contaminantes e as rotas de ingresso que oferecem maior risco à saúde humana?
No relatório final gerado pelo SCBR é possível visualizar quais contaminantes estão acima da Concentração Máxima Aceitável (CMA) de acordo com a rota de ingresso.
Resultado da CMA apresentado no relatório para as condições descritas na legenda.
- Quais as metas de remediação das substâncias químicas de interesse a serem atingidas?
O SCBR permite que o usuário escolha a metodologia do cálculo da Concentração Máxima Aceitável (CMA) para as substâncias químicas de interesse, que irá determinar as metas de remediação a serem atingidas.
- Quais são as áreas prioritárias para remediação baseado no risco à saúde humana?
A partir do mapa do risco é possível que sejam visualizadas as unidades de exposição de maior risco para que sejam estabelecidas as áreas prioritárias para a remediação.
- Qual o volume de solo a ser disposto em aterro industrial após a cubagem?
O SCBR calcula o volume de solo contaminado, para que se possa dimensionar o tratamento a partir da massa de contaminantes ou calcular o volume de solo a ser disposto em aterro industrial. Para o cálculo desse volume, o software considera o fator de empolamento do solo para permitir um planejamento preciso para transporte e disposição do solo em aterro industrial.